quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Consulta de saúde do viajante

Existem vários Centros de Vacinação Internacional distribuídos ao longo de todo o país, promovendo a consulta de saúde do viajante, tendo como finalidade prestar apoio a todas as pessoas que vão viajar para fora da Europa.
As consultas de saúde do viajante são efetuadas por médicos especialistas em doenças infeciosas e em medicina tropical (componente viagens) e têm em vista aplicar uma série de medidas preventivas e vacinas obrigatórias e/ou recomendáveis antes dos viajantes partirem em viagem para destinos que comportam algum risco. A referida consulta deverá dar origem ao certificado internacional de vacinações.
Existem vacinas de caráter obrigatório e outras existem em que são apenas aconselháveis. Por isso, o Regulamento Sanitário Internacional em vigor estipula que as únicas vacinas que poderão ser exigidas aos viajantes na travessia das fronteiras é a vacina contra a febre amarela em áreas endémicas, a vacina meningocócica e poliemite (não é o caso de Timor).
No caso de Timor Leste as vacinas não são de caráter obrigatório e são apenas recomendadas, tendo em atenção o protocolo médico, as características do viajante, o local para onde o viajante se desloca, a duração da estadia, ...
Dum grupo alargado de vacinas, no caso de Timor Leste é recomendável a vacina da Hepatite A e B, Febre Tifóide e da Encefalite Japonesa. Foi-me ainda prescrito pelo médico a Mefloquina (que serve para combater a Malária) e dois ou três nomes de repelentes que deverão ser considerados "os meus melhores amigos”, porque para  “os meus piores inimigos” já terei os mosquitos (afirmação do médico).
Para além da vacinação que a equipa da consulta do viajante me administrou, esta foi incansável em explanar uma série de recomendações e orientações sobre comportamentos a ter para evitar problemas de saúde de maior e para que a viagem decorra da forma mais segura possível. Quer o médico, quer a enfermeira explicaram-me quais as doenças que poderia encontrar, que recursos de saúde existirão no terreno, onde e como posso recorrer a eles, que cuidados devo ter com a água e comida, como proceder com os mosquitos, ...
No que refere a algumas medidas de higiene alimentar foi-me recomendado o seguinte: optar por água e bebidas engarrafadas (ou em pacote, ou em lata) e devidamente seladas. Quando isso não for possível ter o cuidado de desinfetar e/ou ferver a água para consumo; preferir alimentos bem cozinhados e, se possível ainda quentes, evitando alimentos crus, em especial os vegetais, assim como ovos crus ou mal cozinhados; preferir frutos que possa descascar ou desinfetar antes de os consumir, evitar o gelo, excepto se feito com água própria para consumo; evitar adquirir alimentos em vendas ambulantes ou em locais com condições de higiene duvidosas.
Foram-me ainda referidas as medidas a tomar para evitar as picadas dos mosquitos uma vez que a malária, o dengue e a encefalite japonesa são provocadas pela picada dos “meus piores inimigos”. Aconselharam-me o uso de repelente nos locais expostos do corpo, dormir com uma rede anti-mosquito à volta da cama e espalhar inseticida no quarto de dormir cerca de duas horas antes de me deitar.
Se tiver febre, não devo tomar medicamentos à base de aspirina em Timor-Leste, a não ser por receita médica, devido à ocorrência de febres hemorrágicas como o dengue.
Por fim, e ainda na referida consulta fui alertada para as doenças transmissíveis e para os cuidados que deverei ter para evitar as mesmas.
 

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